terça-feira, 17 de junho de 2008

Escritor lança livro de estréia com crônicas bem-humoradas

Natal, 12 de junho de 2008 – "Concerto para triângulo em dó maior e outras crônicas divertidas". Este é o título do primeiro livro do bancário e graduando em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela UFRN, Tasso Soares de Lima, que será lançado na próxima quinta-feira (19), na livraria Siciliano do Midway Mall, às 18h. O exemplar custará R$ 25,00 e poderá ser adquirido nas livrarias Siciliano em Natal e Mossoró.

Prefaciado pelo jornalista e escritor Vicente Serejo e ilustrado pelo jovem designer Maurício de Oliveira Júnior, o livro traz 27 crônicas, segundo o autor, inspiradas em histórias vividas, sofridas ou ouvidas em viagens pelo Nordeste. "Esses textos são também fruto da observação do dia-a-dia. Tudo isso com uma visão divertida dos fatos", afirma.

Confira mais sobre a trajetória desse autor com a entrevista dada à Siciliano:

Siciliano:
Gostaria que você me falasse também sobre esse livro. É o seu primeiro, certo?


Tasso: Sim, realmente é o meu primeiro livro.

S: Algum outro em andamento?

T: Existe uma disposição para lançar um segundo livro, também de crônicas. Na verdade a maioria das crônicas já existiam antes da disposição de lançar o livro, apenas não haviam sido publicadas. Apenas uma, Vida da Zangão, tinha sido publicada na Revista Conterrâneos, que é de circulação internação do Banco do Nordeste e é escrita por colaboradores da empresa. Ainda existem quinze crônicas inéditas e que merecem uma chance de serem publicadas, além de outras que serão escritas.

S: Me fale sobre as crônicas presentes na obra, do que elas tratam?

T: Na apresentação do livro eu comento que as crônicas foram fruto de histórias vividas, sofridas e ouvidas. Boa parte delas são frutos de algumas viagem ao interior que eu fiz. Outras foram concebidas a partir de relatos de amigos. E uma pequena parcela, criadas a partir da observação do dia-a-dia e da história, como é o caso da Reforma Testiculária, que mistura História, Química, Biologia e atualidade. As notícias de jornais e revistas também podem ser fonte de inspiração, o que aconteceu com o Peixe Suspeito. Mas, todas tem o humor como o ponto forte. São histórias contadas de maneira jocosa e alegre, pois essa é a finalidade do livro: divertir o leitor.

S: Quantas estão presentes no livro?

T: São vinte e sete crônicas, todas, sem exceção, são divertidas, além de um belo prefácio de Vicente Serejo, conhecido jornalista e professor universitário.

S: Ao longo de quanto tempo você as vinha escrevendo e como você selecionou as que fazem parte do livro?

T: No livro tem crônicas que foram escritas em 1999. Porém, eu já escrevia bem antes, o que eu chamava de minhas historinhas por não saber que aquelas histórias eram crônica. Falando-se em escolha para compor o livro, havia em torno de 55 crônicas já escritas. Utilizei o processo de colocar as mais engraçadas e as que eu gostava mais.

S: Como a literatura entrou em sua vida, quando começou a escrever e o que isso representa para você?

T: Sempre gostei de ler principalmente autores que me trouxesse diversão, alegria e o humor. Dessa forma li com voracidade livros de cronistas como Carlos Eduardo Novaes, João Ubaldo Ribeiro, Chico Anísio, Santos Fernando, Luís Fernando Veríssimo, como também de outros gêneros. Na verdade, eu sempre fui um contador de história, independente da escrita. Na infância eu já fazia isso, quando reunia vários amigos e começava contar histórias para divertir a turma. Na adolescência resolvi relatar alguns histórias pitorescas que aconteciam comigo, de forma divertida, usando o humor para chamar a atenção para as histórias. Esse material não era mostrado para ninguém. Eu escrevia, lia, achava gozado, ria e os guardava. No Colégio Salesiano, onde estudei, criei um jornal sério, de informações e conhecimento. Ninguém prestava atenção e nem lia. Então resolvi criar um jornal de caricatura, com desenhos tipo palito, onde havia a gozação com os colegas de turma. Esse teve um bom público leitor. Já no Banco do Nordeste, onde trabalho atualmente, criei no início da década de 80, um jornalzinho que tinha um misto de humor e informação. Esse foi o maior sucesso. O que escrever significa para mim? Bom, é a representação de um estado de espírito. Eu só consigo escrever quando estou bem comigo mesmo e com o mundo, é claro.


S: Fique livre para acrescentar o que achar necessário. Me fale um pouco sobre você também.

T: A edição do livro Concerto para triângulo em dó maior é a concretização de um sonho. Acho que todo escritor sonha com esse momento, o de ter sua obra publicada, lida e divulgada para o maior número de pessoas possíveis. Eu antes não pensava em publicar minhas crônicas nem em jornal, quanto mais editar um livro, pois achava que o que eu fazia não era nada tão importante, e que as pessoas não iriam gostar, ou mesmo, na melhor das hipóteses, poucas iriam gostar. Somente após alguns professores de literatura lerem algumas crônicas e comentarem que valeria a pena publicar, é que comecei a pensar no caso. Teve uma professora do cursinho pré-vestibular que comentou: Se você não publicar essas crônicas, a viuva vai publicar. Quer dizer, já estava se tornando caso de vida ou morte. Então surgiu a possiblidade quando o Banco do Nordeste abriu concorrência para patrocínio de trabalhos culturais através do Programa Cultura da Gente, destinado aos funcionários do Banco. E uma amiga e colega de trabalho, Luana Batista, insistiu muito para que eu me inscrevesse. Diante da pressão, resolvi arriscar e fui um dos 34 contemplados, num grupo de 61 participantes.
Sobre quem é Tasso Soares. Sou graduado em Administração de Empresas Públicas e Privadas, com especialização em Administração de Recursos Humanos pela UFRN, e concluinte de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, também pela Federal. Funcionário do Banco do Nordeste do Brasil, que por sinal patrocina o livro Concerto para triângulo em dó maior. Casado e tenho duas belas filhas. Também sou um aficionado de cinema, costumo assistir um bom filme mais de uma vez e sou fã incondicional de Charles Chaplin, o maior gênio do cinema de todos os tempos. Tenho todos os filmes de média e longametragem que ele fez em VHS e DVD. Sempre li muito. Hoje tenho lido menos que lia antes. A música é dos meus hobbies. Acho que a alegria é fundamental na vida do homem. Tem um ditado que fala "que um homem para se realizar precisa plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro". Eu estou completando agora o citado trio, pois eu já plantei um pé de jambo, tenho duas filhas e o livro está aí. Contudo, acrescentaria, ser alegre, pois nada disso valeria a pena se não tivesse a alegria presente.
E é isso que Concerto para triângulo em dó maior, pretende passar, alegria.

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